As estruturas oculares funcionam como engrenagens. Para que possam se mover com facilidade e sem atrito, é necessário que estejam lubrificadas. No caso dos olhos, a lágrima é a responsável por permitir isso.
Contudo, algumas condições podem levar ao que é conhecido como olho seco. Essa síndrome causa muito incômodo e impactos na qualidade de vida. Assim, o melhor é saber como e por que ela ocorre e como é possível tratar.
Pensando nisso, veja quais são os pontos que devem ser considerados sobre esse quadro.
O que é o olho seco?
A síndrome do olho seco é causada por uma alteração na produção de lágrimas. Esse líquido é composto por vários ingredientes, entre eles gordura e água, que ajudam a lubrificar a região ocular.
Quando a lágrima evapora rápido demais ou quando ela não é produzida na quantidade correta, a área fica seca e com maior atrito. Isso gera os sintomas conhecidos desse problema, como a vermelhidão e a coceira. Também é comum ter a sensação de areia nos olhos e, em alguns casos, sofrer com a fotofobia.
Não é uma condição grave ou que, diretamente, pode causar cegueira. Porém, a falta de lubrificação aumenta as chances de a córnea experimentar microlesões, por exemplo. Além de tudo, há o risco elevado de haver conjuntivite, já que a lágrima também tem um aspecto protetivo contra invasores.
Quais são as possíveis causas?
As causas do olho seco podem ser genéticas, comportamentais ou relacionadas a transformações corporais. No primeiro caso, isso tem a ver com um defeito hereditário na produção de lágrimas, o que faz com que, desde o começo, o paciente sofra com esse problema.
Já quanto à questão de mudança do organismo, isso se relaciona a quadros hormonais ou de envelhecimento. Mulheres na menopausa, por exemplo, sofrem com diferenças nos picos de hormônios, levando à diminuição da produção de lágrimas.
Em relação ao comportamento, o ato de se manter focado em um único ponto, sem piscar o suficiente, faz com que as lágrimas evaporem mais rapidamente. Ficar muito tempo em frente ao celular, ao computador, à televisão ou até a um livro é um fator potencial para essa ocorrência.
Outras condições, como doenças autoimunes e blefarite, podem ser as causadoras desse problema.
Como ele é tratado?
O quadro pode ser um quadro passageiro, que melhora com a mudança de hábitos, ou pode se tornar crônico. Em alguns casos, é para toda a vida.
O tratamento, em geral, consiste em utilizar lágrimas artificiais e lubrificantes. Contudo, a prescrição depende do oftalmologista, que analisará as necessidades e as causas para esse quadro em cada paciente.
Além de tudo, não é todo colírio que serve para essa condição. Inclusive, vários deles podem piorar a sensação por serem vasoconstritores.
Em certos momentos, é possível agir na causa principal. Em pessoas com desregulagem de hormônios, um tratamento de reposição pode ter como efeito secundário a melhoria da lubrificação ocular.
Em outras situações raras, dá para realizar o transplante de algumas glândulas lacrimais ou mudar a configuração do duto por onde as lágrimas são conduzidas.
O olho seco não é grave, mas é extremamente incômodo. Por isso, é fundamental recorrer a um oftalmologista para identificar esse quadro e buscar o tratamento indicado para esse caso.
Nos comentários, diga se você sofre ou já sofreu com esse problema e compartilhe as suas experiências.
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