Cuidar da saúde dos olhos é essencial para garantir uma visão com boas características de forma prolongada. Contudo, um dos desafios é que há doenças silenciosas e outras que têm sintomas que são facilmente confundidos.
Uma das possibilidades é o ceratocone. Tal alteração deve ser diagnosticada rapidamente para que os efeitos sejam melhores, mas a falta de conhecimento sobre o tema ainda atrasa o início do tratamento.
A seguir, veja tudo sobre o ceratocone, sua forma de tratamento e todas as questões relevantes sobre a doença!
O que é ceratocone e quais são os seus sintomas?
A córnea é uma membrana presa na parte dianteira do globo ocular. Ela deve ter um formato esférico, de modo a garantir a entrada de luz e a convergência dos raios. Em tais condições, a imagem formada é perfeita e nítida.
Contudo, diversas alterações podem atrapalhar o processo e uma delas é o ceratocone. Essa é uma doença degenerativa que faz com que a córnea assuma um aspecto progressivamente cônico. Ou seja, em vez de ser uma esfera, a membrana fica mais proeminente.
O maior efeito é que isso leva à perda gradual de nitidez na visão. Quando o quadro ocorre, há o chamado astigmatismo irregular. Como resultado, os sintomas principais são a dificuldade de enxergar de perto e de longe, a visão embaçada e o surgimento de dores de cabeça.
Além de tudo, o fato de haver progressão leva ao aumento constante do grau e à necessidade anormal de troca de lentes. Eventualmente, a córnea tem alterações na espessura.
Por que a doença ocorre?
Os motivos que levam à ocorrência da condição não são totalmente conhecidos. O que se sabe até hoje é que o fator hereditário exerce grande importância.
Os hábitos de vida e outros aspectos de saúde também se mostram proeminentes. O ato de coçar os olhos, por exemplo, diminui a resistência corneana e facilita a sua deformação. Quem é alérgico ou tem conjuntivite frequentemente é mais propenso a coçar os olhos e a desenvolver o problema. Quanto maior é a intensidade desse ato, maior é a aceleração do processo de degeneração.
A ocorrência se concentra em crianças, adolescentes e jovens. Apenas uma parte dos casos progride após os 30 anos.
O quadro tem cura?
Por ser uma doença crônica, o ceratocone não tem cura. Até o momento, não existe nenhum tratamento testado em longo prazo capaz de resolver o problema definitivamente e sem riscos.
A partir do diagnóstico, é feito um manejo e controle da situação. Após a estabilização, basta manter os cuidados do tratamento para garantir a qualidade de vida e da visão.
Em geral, o oftalmologista recomenda o uso de colírios específicos, inclusive os antialérgicos. O acompanhamento é feito a cada 6 meses, preferencialmente, até a estabilização.
Como tratar?
Apesar de não ter uma solução definitiva, a condição oferece a possibilidade de tratamento. Inicialmente, o uso de lentes corretivas, como as de contato, ajuda a evitar o movimento da córnea.
Em um estágio mais avançado, é comum recorrer ao anel de Ferrara. Esse dispositivo é implantado na córnea e serve para “travar” a sua deformação. De forma experimental, a cirurgia de Crosslinking atua para reforçar as fibras de colágeno do globo ocular e diminuir ou evitar a progressão da condição.
Os casos extremos, em que há comprometimento intenso da visão, o recomendado é a realização de um transplante de córnea, que pode ser feito nos dois olhos ou apenas no mais afetado.
O ceratocone é uma doença silenciosa e que, muitas vezes, não recebe a devida atenção. Depois de conhecer tais informações, não deixe de procurar um oftalmologista de confiança para fazer todos os exames necessários.
Nos comentários do blog, diga se você ainda tem alguma dúvida ou experiência sobre essa condição e participe do debate.
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