O cristalino é uma membrana transparente que fica por cima do olho e por onde entra a luz. A catarata, por sua vez, é uma condição ligada à opacificação da membrana. Devido a uma degeneração, passa a haver um acúmulo de proteínas nessa estrutura, deixando-a esbranquiçada.
Conforme a doença progride, o resultado é que a visão fica cada vez mais turva. Quando está em um período avançado, o paciente praticamente já não enxerga devido à dificuldade de a luz entrar.
Nesses casos é comum o aparecimento da catarata em ambos os olhos, porém normalmente em estágios diferentes de evolução. O tratamento é eminentemente cirúrgico, porém a época de sua realização dependerá da acuidade visual.
São as cataratas que aparecem ao nascimento e são causadas devido a problemas durante a gestação, como infecções intra-uterinas (rubéola, sarampo, sífilis) ou genéticas (transmitida de pais para filhos).
As principais causas do surgimento da catarata são:
• Idade, é a causa mais frequente da doença;
• Consequência do diabetes;
• Consequência do uso indiscriminado e sem orientação médica, de colírios com corticosteroides;
• Traumatismos oculares;
• Radiação;
• Infecções nos olhos;
• Uveítes.
Principais sintomas da catarata:
• Visão embaçada;
• Necessidade de mais luz para enxergar com nitidez;
• A leitura fica mais difícil.
Grupo de risco:
Pessoas com mais de 40 anos.
Atualmente a cirurgia é realizada em qualquer tipo de catarata, independente do seu grau de comprometimento da visão. É um procedimento que dura por volta de 30 minutos, mas que apesar de rápido é também delicado.
Cirurgia é o único tratamento para catarata. Não há medicamento, vitaminas, colírios ou exercícios que façam a catarata desaparecer.
Após o diagnóstico e a decisão pela cirurgia, será realizada a Biometria Ultra-sônica, onde teremos os dados para o cálculo adequado do grau da lente intra-ocular a ser implantada após a retirada do cristalino, para evitar o uso de óculos após a cirurgia.
As lentes intra-oculares (LIO) são cristalinos artificiais, implantados no olho durante a cirurgia de catarata para substituir o cristalino opacificado. Elas surgiram em 1949, criadas pelo médico inglês Harold Ridley.
A primeira lente intra-ocular era feita de plástico rígido e se destinava a imitar o cristalino humano natural. Hoje em dia, os materiais mais usados incluem o polimetilmetacrilato (PMMA), silicone e acrílico.
Como o nome já diz, elas são colocadas internamente no olho para substituir o cristalino opacificado removido na cirurgia de catarata. São diferentes das lentes de contato, que são colocadas sobre a superfície da córnea para correção de miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.
Após a cirurgia é feito um curativo que será removido no dia seguinte da operação, dando início a uma fase de tratamento com colírios e pomadas no olho operado. A recuperação é rápida e permite o retorno breve às atividades normais.
Não há necessidade de repouso absoluto ou internação hospitalar (dependendo de cada caso). Mas alguns cuidados devem ser tomados:
• Não esfregar;
• Não coçar;
• Não dormir sobre o olho operado nos primeiros dias pós-operatório;
• Não realizar esforço físico.
O índice de complicações é baixo, mas existe, o que faz com que sejam tomados todos os cuidados pós-operatórios. A função do implante da lente intra-ocular é evitar o uso de óculos com grau alto, porém mesmo após a cirurgia, a maioria dos pacientes necessita do uso de óculos.
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